quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

CAPITULO 1 - continuação...

Trabalhei com policiais experientes, mas no início fiz muitos patrulhamentos a pé, pelas ruas de São Paulo, e até o momento que fui compor uma equipe de Tático Móvel daquele batalhão denominada como Comando Leopardo, e tive várias experiências no serviço de tático móvel, e me lembro de alguns companheiros que não poderia deixar de cita-los em minhas memórias, o Sargento Gonzaga, homem de comando impar, que sabia como ninguém identificar um elemento suspeito e armas como ninguém, tinha outros parceiros de viatura que me ensinaram muito, como (Chico Tonho)-em memória, SD Edson, SD Airton, Ten Tardoque, Ten Noceti e outros que sempre irei guardar em minha memória.
Fui para p 6º BPM/I, me apresentando neste batalhão e alguns meses depois designado para compor a equipe de Tático Móvel na época conhecida na cidade de Santos como; “CHOQUE”, e por lá encontrei profissionais de polícia altamente qualificados, e continuei meu aprendizado, me apresentei no primeiro momento ao comandante de um grupo o Sr. SGT Antonio Gildo, trabalhando por alguns meses, depois foi para o 4º Grupo com o SGT Everaldo, e neste permaneci por muito tempo, onde foi seu motorista, tenho alguns nomes desta época que gostaria de citar, e me perdoe os companheiros que eu deixar neste momento de cita-los, mas sempre me recordo dos bons e ruins momentos que dividimos nossas tensões e alegrias, Ten César, SGT Barreto, SGT Marcão, SGT Edmar Corrêa, SGT Wilson, SGT Gonzaga, (CB Vasquez - em memória), CB Felix, CB Waldir Esteves, SD Costa, SD Aramis, SD Renato, SD Amaral, SD Escrig, SD Costa, entre outros...
Eis que nesta época achei que deveria transcender ainda mais, pois sabia o que eu queria estava ainda muito longe de meus sonhos e objetivos.
Foi quando no ano de 1993, fui convidado para fazer parte de uma equipe de segurança pessoal de uma família de banqueiros na Capital de São Paulo, que depois de vários questionamentos de quanto iria ganhar e qual seria minha função, resolvi pedir afastamento por um período de dois anos da Polícia Militar, e segui para este novo desafio, que alem de me abrir novos horizontes era muito mais valorizado profissionalmente, e estaria ganhando um salário superior ao que eu tinha dentro da policia militar, e aquela situação só me traria maiores condições para que eu pudesse também poder pagar minha faculdade de Direito, o que eu iniciava também naquele ano.
Pude neste novo momento de minha vida, conhecer o outro lado do mundo social ao qual eu estava acostumado a viver, e pude observar que o mundo tinha vários caminhos para me oferecer, e eu podia dali, tirar grandes conhecimentos em minha vida pessoal e profissional, e assim eu fiz.
Levei alguns colegas de profissão para este novo momento de minha vida, aquilo que poderia estar me ajudando, eu via que também poderia dar oportunidades para estes meus colegas, então formamos um grande grupo de profissionais e aprendemos juntos muitas coisas, e no ano de 1993, tivemos uma grande surpresa; o seqüestro de nosso empresário e o fatídico momento que passamos a viver a partir daquele fato que mudaria a história de nossas vidas, onde tive o meu grande amigo e parceiro, momentos terríveis que o acometeram com vários tiros na cabeça, e o violento seqüestro de acabava de deixar um amigo com sérios problemas, onde temia muito pela perda de sua vida, e nesse momento iniciava uma grande negociação com os seqüestradores, para que a vida de nosso empresário fosse poupada e ele pudesse retornar para a sua casa são e salvo, e isso mobilizou profissionais de várias áreas, e para mim foi designada a função de pagar o resgate, que fora pedido pelos seqüestradores, tarefa essa de muita tensão e preocupação para a sua Conclusão, mas que fiz com a maior responsabilidade que aquele momento me exigia, e a confiança que a família havia depositado na minha pessoa naquele momento.
Acompanhado de um delegado de Polícia amigo também da família, fizemos uma grande ciranda que os seqüestradores nos fizeram fazer, para se garantirem de que não estávamos sendo seguidos por policiais e tudo pudesse ser exatamente como eles queriam, tivemos vários momentos tensos, eu e este delegado tínhamos que pegar as instruções que nos era dada por telefone, e elas vinham acomodadas dentro de uma caixa de suco conhecido no mercado como “santal”, que alem de ser colocado no interior desta caixa vinha envolvido com um plástico para que se chovesse não molhasse e não estragasse aquela comunicação, os seqüestradores eram profissionais muito experientes, e sabiam exatamente o que queriam e como iriam fazer para alcançar este objetivo.
Fizemos então todos os procedimentos exigidos por vários dias, e eu sempre procurando saber como estava o meu amigo que se encontrava baleado e em coma no hospital das clínicas, o que foi um milagre, ele iria sobreviver, mas tinha a possibilidade de ter sérios problemas de saúde após esta situação tão complicada que ele estava vivendo, e ainda passaria a viver.

CONTINUA...

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